sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O início da Aromaterapia

O início da Aromaterapia

René Maurice Gattefossé foi um químico em Grasse, no sul da França que escreveu o primeiro livro de aromaterapia em 1928. Suas pesquisas tiveram como base os trabalhos iniciados no final do século passado por franceses como Cadéac e Meunier, e médicos italianos como Gatti e Cajola. Em 1887 foi publicado os primeiros resultados de pesquisas sobre poderes anti-sépticos dos vapores de muitos óleos essenciais.
Durante o século XIX a indústria de perfumaria teve um crescimento firme e considerável. Nesta época os perfumes eram fabricados quase que exclusivamente com essências naturais. Com a busca de novas plantas aromáticas e de terras para o seu cultivo a área ao redor da cidade de Grasse, na França, tornou-se o centro mundial de cultivo e extração de essências.
Com o crescimento da indústria, algumas das empresas de Grasse começaram a procurar novas aplicações para as essências e dentre estas estava a empresa de Gattefossé. No início seu interesse limitou-se aos de uso cosmético das essências.
Alguns acontecimentos ajudaram a ampliar seu interesse:
Os cosméticos costumam conter anti-sépticos: ele percebeu que os óleos essenciais tinham propriedades anti-sépticas     mais poderosas do que alguns dos anti-sépticos químicos usados na época;
Durante uma pequena explosão em seu laboratório em uma experiência ele queimou uma das mãos. Imediatamente  ele a imergiu em óleo puro de lavanda e não se surpreendeu muito ao observar que a queimadura sarou em tempo  muito mais curto, sem sinal de infecção ou cicatriz.
É possível que a primeira menção a palavra Aromaterapia, tenha sido criada por ele. Após a publicação de seu livro ele seguiu com uma série de textos, artigos e muitos outros livros referindo-se a terapia com óleos essenciais.
Apesar de seu trabalho ter estimulado um razoável interesse , o desenvolvimento da aromaterapia parece ter sido amortecido pela 2º Guerra Mundial, pois nos 15 anos seguintes muito pouca coisa foi publicada sobre aromaterapia, e as pesquisas estavam em baixa.
Nem tudo foi perdido. Outro francês, desta vez um médico, trabalhava ha muitos anos no uso terapêutico de ervas. Estimulado pelo trabalho de Gattefossé, começou a usar essências em seus tratamentos. Durante a guerra usou-as fartamente no tratamento de feridas de combate, percebendo logo, como Gattefossé, que havia ali uma terapia com enorme potencial. Em 1964, publicou um livro, Aromaterapia, e graças ao seu trabalho a aromaterapia foi aceita como uma terapia com méritos próprios.
Todos estes trabalhos, desde Gattefossé, atraíram o interesse de franceses, alemães, suíços e holandeses. Cientistas e terapeutas de diferentes lugares no mundo, dedicaram-se ao seu estudo. A maior parte das pesquisas feitas foi sobre os poderes anti-sépticos e antibióticos dos óleos essenciais.
Segundo recentes pesquisas realizadas na Europa, EUA e Rússia, os efeitos dos odores na psique podem ser muito importantes. O sentido do olfato age principalmente no nível subconsciente, pois os nervos olfativos são diretamente ligados à parte do cérebro mais primitiva, o sistema límbico. Considerando que o nervo olfativo é uma extensão do próprio cérebro é fácil entender que se pode chegar até ele através do nariz, a única porta de entrada .
O sistema límbico é a parte do cérebro que regula a atividade sensorio-motora e é responsável pelos impulsos primitivos da fome, sede e sexo. O estímulo do bulbo olfativo envia sinais elétricos para a região do sistema límbico responsável pelos mecanismos viscerais e comportamentais, afetando diretamente os sistemas digestivo, sexual e o comportamento emocional. A reação elétrica do cérebro ao cheiro é praticamente a mesma ligada às emoções.

Texto retirado do site da Aromakraut, empresa brasileira ecofriendly pioneira em aromatização de ambientes: http://www.aromakraut.com.br/

B de Arboil

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